Hemorroida é o nome dos vasos sanguíneos localizados ao redor do ânus e é o termo popular utilizado pelos profissionais para se referirem à doença hemorroidária. Esses vasos são importantes não apenas para a irrigação sanguínea na região do ânus e do canal anal, como também para a continência fina do ânus. Ou seja, ajudam a conter fezes líquidas e gases.
A doença hemorroidária é caracterizada pela dilatação dos vasos do plexo hemorroidário interno. Essa dilatação aumenta o volume e peso desses vasos o que acaba cursando com perda de sua sustentação no seu local original e, por consequência, os torna cada vez mais externos com o passar do tempo. Infelizmente esse é um processo que não pode ser revertido apenas com tratamentos clínicos.
Isso pode exigir que os vasos sejam empurrados manualmente para a região interior do ânus. Em casos mais extremos, como hemorroidas de nível quatro, não é possível sequer realizar esse procedimento e as hemorroidas passam então a ficar permanentemente exteriorizadas. Esse processo progressivo faz com que o paciente possa ter que ser submetido a um tratamento cirúrgico.
Um ponto importante é que hemorroida possui sintomas semelhantes aos da fissura anal. No entanto, tratam-se de dois problemas diferentes que precisam de tratamentos específicos. Para entender a diferença entre uma hemorroida e uma fissura anal clique aqui.
A maioria das causas das hemorroidas estão relacionadas às alterações do hábito intestinal , tanto para mais preso quanto para mais solto. Ou seja, desde uma constipação até uma diarreia, causando um trauma local por atrito das fezes com as hemorroidas e também agravado pelo uso de papel higiênico para higienização.
Hoje em dia, o fator que mais cresce para o surgimento cada vez mais precoce das hemorroidas tem sido o excesso de tempo que as pessoas permanecem sentadas no vaso sanitário , devido ao uso de dispositivos móveis, por exemplo. Isso faz com que a pressão dentro dos vasos sanguíneos da região do ânus seja aumentada, pois o órgão fica suspenso sem sustentação, fazendo com o que sangue acabe se represando na área e dilatando ainda mais esses vasos sanguíneos.
Por conta principalmente desse último fator, os profissionais têm observado que pacientes cada vez mais jovens estão sofrendo com a doença hemorroidária e precisando ser submetidos a uma cirurgia de hemorroidas, por causa das mudanças no comportamento evacuatório.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que haja uma ligação entre questões genéticas e o surgimento da doença, a resposta é não. O fato de quase 80% da população ter algum grau de doença hemorroidária desde o mais simples (grau I) até o grau IV, aumenta a crença popular de que é uma doença hereditária.
Ela é apenas uma doença frequente. Então a chance de uma pessoa com hemorroidas, ter um parente próximo também com hemorroidas, é muito grande.
Primeiramente, é preciso ressaltar que a doença hemorroidária é benigna. Ou seja, não pode evoluir para um câncer nem do reto e nem do ânus. Sendo assim, a cirurgia de hemorroidas nunca é obrigatória, mas é indicada para resolução dos sintomas da doença.
O procedimento — conhecido pelo termo hemorroidectomia — tem uma duração de em média 45 minutos a uma hora e costuma ser realizado quando o paciente começa a ter:
Resumindo, a cirurgia é indicada quando os sintomas costumam ocorrer com recorrência, causando piora na qualidade de vida do indivíduo.
Não. Existem técnicas menos invasivas e que podem ser trabalhadas no próprio consultório. Elas servem para níveis mais leves da doença hemorroidária (grau I ou alguns pacientes com grau II no máximo), que se caracterizam ainda pela não exteriorização dos vasos sanguíneos da região do ânus. Confira as principais:
Consiste na aplicação de algum agente utilizado para causar a retração dos tecidos — em geral, uma solução de glicose — e com isso elevar novamente as hemorroidas para seu local original.
Semelhante à ideia da Escleroterapia, podemos utilizar o Nitrogênio Líquido para causar uma retração do tecido hemorroidário, trazendo-os de volta para o interior do reto. O procedimento com laser infravermelho costuma ser usado para gerar o mesmo efeito ao invés do uso do Nitrogênio.
Consiste em tracionar o excesso de tecidos acima das hemorroidas, com o uso de um elástico, causando — após cinco ou sete dias — seu necrosamento e, consequentemente, o desprendimento. O procedimento é totalmente indolor (pois é realizado em uma região sem sensibilidade dolorosa) e portanto utilizado no próprio consultório.
O procedimento faz com que as hemorroidas voltem para o interior do ânus, atuando como um tratamento temporário para casos mais precoces (grau I e alguns de grau II).
É importante destacar, ainda, que em alguns casos são aplicadas as técnicas não excisionais (que não retiram alguma parte do órgão), como a Anopexia mecânica (com o uso do PPH ou EEA-HEM). Ela consiste no uso de um desses aparelhos descartáveis de uso único que remove o excesso de tecidos acima das hemorroidas e promove o fechamento dos vasos sanguíneos dilatados, ao mesmo tempo em que traciona então o tecido hemorroidário exteriorizado novamente para dentro do reto.
Há também a técnica da desarterialização hemorroidária transanal com plicatura (EndoPex e antigamente THD). Nesta técnica, também é utilizado um aparelho descartável para localizar os coxins vasculares e, por meio de suturas, os vasos sanguíneos são fechados e o excesso de tecido é tracionado de volta para dentro do reto.
Ambas as técnicas não excisionais apresentarão um resultado máximo após cerca de seis a oito semanas do procedimento pois, apesar do excelente resultado imediato, como ocorre o fechamento dos vasos sanguíneos das hemorroidas, haverá uma involução do tamanho desses vasos também, com o passar do tempo.
Lembrando apenas que essas técnicas, apesar de gerarem um resultado mais imediato e serem menos dolorosas que as hemorroidectomias convencionais, podem oferecer uma tendência maior de reincidência / retorno da doença com o passar dos anos.
Mesmo nas técnicas excisionais, o pós-operatório não costuma ser muito limitante, gerando apenas um um pouco de dor entre 10 a 14 dias. A boa notícia é que a dor é progressivamente menor a cada dia e, em geral, o paciente fica bastante confortável logo e raramente precisa ser afastado de suas atividades normais!
O tempo de cicatrização total em uma técnica excisional, pode levar de 6 a 8 semanas , lembrando que nesse momento o paciente já não sente mais dores! Já em técnicas não excisionais, como o PPH e o EndoPex, o tempo de recuperação dura cerca de apenas três dias.
Para finalizarmos, confira a seguir os principais cuidados a serem tomados durante o processo pós-operatório:
Alguns médicos podem recomendar o uso de laxantes, pois o paciente pode ficar com receio de ir ao banheiro, e o endurecimento das fezes pode causar grandes desconfortos durante a recuperação e devem portanto ser evitados.
É importante lembrar que, se o paciente não mudar os seus hábitos evacuatórios , as chances de que a doença hemorroidária se desenvolva novamente são maiores, mesmo com uma cirurgia bem realizada!
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