Cirurgia do pâncreas: quando é indicada?

Você sabe quando a cirurgia de pâncreas mostra-se como uma opção viável para o paciente? 

O pâncreas é uma glândula localizada na região do abdômen, atrás do estômago e entre o baço e o duodeno. A sua principal função é produzir insulina e produzir enzimas que auxiliam na digestão dos alimentos. 

O órgão, pertencente aos sistemas endócrino e digestivo, é dividido em três partes: cabeça (localizado no lado direito), corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). 

Em casos de problemas mais sérios, surge a necessidade de uma intervenção cirúrgica, que pode variar conforme a condição que acomete o paciente. 

Separamos neste conteúdo algumas informações sobre quando a cirurgia de pâncreas é indicada e qual a melhor opção para cada caso. Continue a leitura! 

Cirurgia de pâncreas: principais indicações 

Doenças benignas causadas por cistos 

Cistos pancreáticos são pequenas bolsas de líquido presentes dentro ou sobre o pâncreas. Os cistos na maioria dos casos são benignos e não se desenvolvem para o câncer. 

Dentre os principais sintomas desses cistos, podemos citar as dores abdominais, náuseas e vômitos constantes, perda de peso e sensação de saciedade logo depois de começar a comer. Porém, na imensa maioria das vezes, os cistos benignos não apresentam sintomas.

Câncer de pâncreas 

A condição ocorre devido à presença de células cancerígenas na região. Os tumores de pâncreas mais recorrentes são do tipo adenocarcinoma, que se desenvolve a partir do tecido glandular normal do pâncreas. 

Grande parte dos casos de câncer de pâncreas afeta a parte da cabeça do órgão (lado direito). Os principais sinais da doença são:

• Fraqueza;
• Perda de peso;
• Falta de apetite;
• Dor abdominal;
• Urina escura;
• Olhos e pele de cor amarelada;
• Fezes esbranquiçadas;
• Desenvolvimento recente de diabetes de difícil controle;
• Náuseas e dores nas costas.

Por não serem sintomas específicos do câncer de pâncreas, o diagnóstico pode acontecer de maneira tardia, dificultando o tratamento.

No entanto, quando os cânceres de pâncreas se desenvolvem no corpo ou na cauda do pâncreas, os sintomas podem se manifestar ainda mais tardiamente ou nem chegar a se apresentar até fases muito mais evoluídas da doença.

Pancreatite crônica

Na pancreatite crônica, o órgão já se encontra permanentemente danificado pelo processo inflamatório e vai perdendo a capacidade de funcionar corretamente.

Apesar de poder se desenvolver em pessoas de todas as idades, a enfermidade é mais comum em homens de 30 a 40 anos. Geralmente seu surgimento está ligado com o consumo excessivo de álcool ao longo de muitos anos, mas também pode se desenvolver por diversas outras causas. 

O sintoma principal da pancreatite crônica é a intensa dor no abdômen. Esse desconforto se desenvolve no meio ou no lado esquerdo da barriga, podendo irradiar para a região das costas, pode ser acompanhado do desenvolvimento de diabetes e também de diarreia crônica com perda de peso associada.

Tipos de cirurgia de pâncreas

Os quadros detalhados acima possuem suas particularidades. Por isso, existe uma variedade de procedimentos para tratar problemas que acometem o órgão. Veja abaixo os diferentes tipos de cirurgia de pâncreas.

Whipple (Duodenopancreatectomia)

Conhecido também como Duodenopancreatectomia, a cirurgia de Whipple é uma opção viável para pacientes com câncer e tumores benignos na cabeça do órgão. 

Nesse método, ocorre a retirada da cabeça do pâncreas. O início do intestino delgado, parte do canal biliar, linfonodos próximos ao pâncreas e às vezes parte do estômago também são removidos. 

Para que as enzimas biliares e digestivas continuem chegando ao pâncreas, o que resta do ducto biliar é ligado diretamente ao intestino delgado, assim como o restante do pâncreas.

Pancreatectomia total

Nesse procedimento, todo o pâncreas é removido. Além desse órgão, vesícula biliar, parte do estômago, início do intestino delgado e baço também são retirados.

A pancreatectomia total é uma cirurgia que causa uma perda de função definitiva do pâncreas por conta de sua remoção completa e necessita de medicamentos para o controle da glicemia e de reposição das enzimas digestivas produzidas pelo pâncreas. Sendo assim, a opção é recomendada em casos de tumores que se disseminaram por todo o órgão e não podem ser curados por outros métodos.

Pancreatectomia distal

Esse é um processo que remove apenas a cauda e parte do corpo do órgão, mostrando-se em alguns casos como uma opção para tumores encontrados nesta região. Geralmente o baço também é retirado nessa cirurgia de pâncreas. 

Como tumores localizados no corpo e na cauda do pâncreas podem demorar a apresentar sintomas, em alguns casos, os tumores encontrados na cauda, ao serem descobertos, já se espalharam pelo pâncreas, o que inviabiliza a realização do procedimento.

Procure ajuda especializada

Uma avaliação com um médico especialista é fundamental para que você tenha o tratamento correto. Somente um profissional terá os recursos necessários para compreender seu quadro individualmente e indicar qual a cirurgia de pâncreas deve ser realizada. Lembre-se: quanto mais rápido for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de reverter o caso.

Restando quaisquer dúvidas sobre esse assunto e tudo relacionado a procedimentos cirúrgicos gastrointestinais, entre em contato conosco.